Vasco usa Dinizismo, atropela São Paulo no Morumbis e pressiona Zubeldía
O Vasco não tomou conhecimento de um atordoado São Paulo, venceu por 3 a 1 fazendo uso do "Dinizismo" no Morumbis e, além de ultraar o adversário na tabela do Brasileirão antes do Mundial de Clubes, pressionou o futuro do técnico Luis Zubeldía no comando do Tricolor.
Rayan, Nuno Moreira e Vegetti balançaram as redes para os comandados de Fernando Diniz, que seguiram à risca os princípios de seu técnico e, com posse de bola e encurralando o rival, tiveram sucesso. Ryan Francisco diminuiu para os donos da casa já nos acréscimos.
O resultado deixou o Vasco com 13 pontos e na 13ª posição da tabela do torneio nacional. Enquanto isso, o São Paulo estacionou nos 12 pontos e fechou a rodada no 14º lugar.
Paulistas e cariocas só voltam a atuar em julho, em datas que ainda serão definidas pela CBF. O São Paulo encara o líder Flamengo no Rio de Janeiro, enquanto o Vasco tem clássico contra o Botafogo.
Como foi o jogo
O 1º tempo ensaiou um amasso do São Paulo, mas o Dinizismo imperou no Morumbis: sedento pela bola, o Vasco abriu o placar em jogada trabalhada e aumentou, já perto do intervalo, ao pressionar a saída de bola do adversário. Irritados, os atletas do time mandante aram a usar e abusar das faltas.
Na etapa final, os erros paulistas irritaram ainda mais a torcida, que já havia vaiado o time no intervalo. Resultado? Mais um gol do Vasco, desta vez de Vegetti, em nova saída atrapalhada dos donos da casa. Ainda deu tempo de Philippe Coutinho desfilar em um Morumbis de pouca inspiração são-paulina antes de Ryan Francisco, no último lance, descontar.
Gols e destaques
Blitz paulista. Os donos da casa iniciaram a partida acelerando e encurralando o rival, que por pouco não foi vazado. Aos dois minutos, André Silva fez o pivô e acionou Luciano, que bateu de primeira e, por centímetros, não abriu o placar. No lance seguinte, a pressão no tiro de meta funcionou, e Lucas Ferreira obrigou Léo Jardim a trabalhar.
Vasco ativa o "Dinizismo" e marca. Depois dos sustos, os cariocas colocaram a bola no chão e, ao melhor jeito Fernando Diniz de ser, aram a trabalhar a posse e ditar o ritmo de jogo. Resultado? Gol de Rayan aos 25 minutos. O atacante recebeu e feito ainda do campo de defesa, rabiscou da direita para a esquerda e colocou a cereja no bolo de uma bela jogada com um chute colocado: 1 a 0.
Visitantes, à vontade, aumentam. O Vasco continuou controlando o duelo e aumentou o placar de um jeito diferente, mas com o mesmo objetivo: ter a bola. Em uma saída de bola defensiva do Tricolor, Rayan desarmou Enzo Díaz, invadiu a área e viu Rafael espalmar. O rebote sobrou limpo para Nuno Moreira, que encheu o pé e cravou o 2 a 0.
Vaias no Morumbis. Diante da inoperância da equipe paulista diante de um confiante adversário, o 1º tempo terminou amargo também nas arquibancadas do estádio são-paulino: irritados com a postura dos atletas, os torcedores não esconderam as vaias assim que Rafael Klein iniciou o intervalo.
Mudança tripla. Zubeldía corroborou a insatisfação da torcida e promoveu três trocas no vestiário — uma delas, aliás, foi a entrada do estreante Dinenno, que substituiu Lucca. Wendell e Bobadilla também acabaram acionados e entraram nos lugares de Enzo Díaz e Pablo Maia, respectivamente.
São Paulo erra de novo, e Vegetti não perdoa. As alterações surtiram pouquíssimo efeito prático, e o Vasco continuou neutralizando qualquer ação dos donos da casa antes de chegar ao terceiro gol. Em nova saída tumultuada do São Paulo, desta vez de Rafael, Paulo Henrique antecipou, ficou a bola e cruzou na medida para o Vegetti, que não decepcionou: 3 a 0.
Coutinho desfila, e gritos de olé aparecem. Atordoado, o Tricolor não conseguiu reagir diante de um visitante regido pelo maestro Philippe Coutinho: o meia, que já era um dos destaques do duelo, ou a controlar a velocidade e foi a principal inspiração para os gritos de "olé" puxados pela torcida dos cariocas.
Gol de consolação. O São Paulo ainda conseguiu descontar já nos acréscimos com Ryan Francisco, que havia substituído André Silva. O jovem se desvencilhou da marcação de Pumita Rodríguez, calibrou a pontaria e superou Léo Jardim, decretando o 3 a 1.
FICHA TÉCNICA
SÃO PAULO 1x3 VASCO
Data e horário: 12 de junho, às 21h30 (de Brasília)
Competição: 12ª rodada do Campeonato Brasileiro
Local: Morumbis, em São Paulo (SP)
Árbitro: Rafael Rodrigo Klein
Assistentes: Nailton Júnior de Sousa Oliveira e Michael Stanislau
VAR: Caio Max Augusto Vieira
Cartões amarelos: Luciano, Arboleda, André Silva (SPO); João Victor, Paulo Henrique (VAS)
Cartões vermelhos: não houve
Gols: Rayan (VAS), aos 25 min do 1º tempo; Nuno Moreira (VAS), aos 39 min do 1º tempo; Vegetti (VAS), aos 23 min do 2° tempo; Ryan Francisco (SPO), aos 47 min do 2° tempo
SÃO PAULO: Rafael; Cédric Soares (Sabino), Arboleda, Alan Franco e Enzo Díaz (Wendell); Pablo Maia (Bobadilla), Alisson e Luciano; Lucas Ferreira, Lucca (Dinenno) e André Silva (Ryan Francisco). Técnico: Luis Zubeldía
VASCO: Léo Jardim; Paulo Henrique (Pumita Rodríguez), João Victor, Lucas Freitas e Piton; Hugo Moura, Tchê Tchê (Matheus Carvalho) e Philippe Coutinho (Alex Teixeira); Rayan, Nuno Moreira e Vegetti (Adson). Técnico: Fernando Diniz