Petróleo dispara, dólar sobe e Bolsa cai após ataque de Israel ao Irã
O petróleo disparou, a Bolsa de Valores brasileira caiu 0,21% e o dólar fechou o dia subindo 0,01%, cotado a R$ 5,543 após os ataques de Israel ao Irã ampliarem os temores do mercado financeiro.
O que aconteceu
Dólar comercial variou pouco. A tendência de alta da moeda norte-americana foi observada desde o início da sessão, acompanhando a tendência global de avanço do dólar. Como a variação positiva foi pequena, a divisa permaneceu cotada abaixo do patamar de R$ 5,60.
Bolsa de Valores nacional em queda. O Ibovespa recuou 0,43%. Com a oscilação, o principal índice do mercado acionário brasileiro atingiu 137.212,63 pontos. O volume financeiro do pregão superou os R$ 22,5 bilhões.
Papéis da Petrobras têm forte alta. As ações preferenciais (PETR4) da estatal subiram 2,83% (R$ 32,65). A maior alta, no entanto, atinge os papéis da companhia aérea Azul (AZUL4), que saltam 7,45% (R$ 1,01).
Preço internacional do petróleo dispara. A elevação dos temores após o bombardeio faz a cotação do Brent, referência para o combustível, saltar mais de 7%. Com a alta, o barril era negociado a US$ 74,67 às 17h18.
Ataques no Oriente Médio
Bombardeios no Irã motivam tensões. O ataque de Israel contra Teerã no final da noite de ontem está no radar do mercado financeiro. Com a elevação dos temores e das incertezas globais, as moedas mais fortes, a exemplo do dólar, viram refugio dos investidores.
A escalada da guerra pode continuar pressionando os preços do petróleo, tendo em vista que a região, e não só o Irã, pode ter problemas logísticos para escoar a produção de petróleo para o mundo.
Matheus Amaral, especialista de renda variável do Inter
EUA negam participação na ofensiva. O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, disse que a ação israelense foi "unilateral" e não conta com a participação de Washington. No entanto, o presidente Donald Trump usou um tom de ameaça em uma publicação para pedir que o Irã faça um acordo sobre seu programa nuclear para que o "massacre" acabe.
Chega de morte, chega de destruição, simplesmente façam, antes que seja tarde demais.
Donald Trump, presidente dos EUA
Ajuste Fiscal incerto
Compensação para alta do IOF desagrada. O pacote apresentado pelo governo federal ao Congresso não agrada os parlamentares. O presidente da Câmara, Hugo Motta, afirmou que vai pautar a MP (Medida Provisória) "para ser derrubada" no início da próxima semana.
Conforme tenho dito nos últimos dias, o clima na Câmara não é favorável para o aumento de imposto com objetivo arrecadatório para resolver nossos problemas fiscais.
Hugo Motta, presidente da Câmara
Medida visa o cumprimento da meta fiscal. As propostas do governo têm o objetivo de zerar o déficit público neste ano e atingir um superávit primário em 2026. As medidas compensatórias à elevação do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) foram construídas com lideranças do Congresso, mas não têm aprovação garantida.
